Por amar tanto o mundo
É que o sonho me atrai.
Por amar tanto a Paz
É que à guerra me dou.
Por amar tanto a vida
É que a morte não temo.
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"Do rio que tudo arrasta
se diz que é violento.
Mas, ninguém diz violentas
as margens que o comprimem."
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"Sê forte não te lamentes."
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Fases oníricas também já ultrapassadas. Talvez o último pensamento ainda tenha alguma justificação.
Política, economia, poesia, assuntos sociais e pensamentos num mundo conturbado, mas em contínuo processo de mudança!!
11/11/2003
Pensamento de Ernest Hemingway (1899 - 1961) 11de Nov de 2003
Fase Hemingwayana, já ultrapassada, mas sempre agradável de revisitar:
" Há certas coisas que não se aprendem rapidamente e pelas quais temos de pagar caro com a nossa única moeda - tempo.
São as coisas mais simples, e porque um homem leva a vida inteira para as aprender, o pouco de novo que cada homem tira da vida é muito caro e é a única herança que tem para deixar."
" Há certas coisas que não se aprendem rapidamente e pelas quais temos de pagar caro com a nossa única moeda - tempo.
São as coisas mais simples, e porque um homem leva a vida inteira para as aprender, o pouco de novo que cada homem tira da vida é muito caro e é a única herança que tem para deixar."
11/09/2003
O Juramento do Árabe
Baçus, mulher de Ali, pastora de camelas,
Viu de noite, ao fulgor das rútilas estrelas,
Vail, chefe minaz de bárbara pujança,
Matar-lhe um animal. Baçus jurou vingança,
Corre, célere voa, entra na tenda e conta
A um hóspede de Ali a grave e inulta afronta,
"Baçus, disse tranquilo o hóspede gentil,
Vingar-te-ei com meu braço, eu matarei Vail."
Disse e cumpriu.
Foi esta a causa verdadeira
Da guerra pertinaz, horrível, carniceira
Que as tribos dividiu. Na Luta fratricida,
Omar, filho de Anru, perdera o alento e a vida.
Anru, que lanças mil aos rudes prélios leva,
E que, em sangue inimigo, irado, os ódios ceva,
Incansável procura, e é sempre em balde, o vil
Matador de seu filho, o traidor Mualhil.
Uma noite, na tenda, a um moço prisioneiro,
Recém-colhido em campo, o indómito guerreiro
Falou, severo, assim:
" Escravo, atende e escuta:
Aponta-me a região, o monte, o plaino, a gruta,
Em que vive o tridor Mualhil, diz a verdade;
Dá-me que o alcance vivoi, e é tua a liberdade!"
E o moço perguntou:
"É por Alá que o juras?"
"Juro" - o chefe tornou -
"Sou o homem que procuras!
Mualhil é o meu nome, eu fui que espedacei
a lança de teu filho, e aos pés o subjuguei!"
E intrépido, fitava o atónito inimigo.
Anru volveu: "És livre, Alá seja contigo!"
Gonçalves Crespo, de "Nocturnos"
Viu de noite, ao fulgor das rútilas estrelas,
Vail, chefe minaz de bárbara pujança,
Matar-lhe um animal. Baçus jurou vingança,
Corre, célere voa, entra na tenda e conta
A um hóspede de Ali a grave e inulta afronta,
"Baçus, disse tranquilo o hóspede gentil,
Vingar-te-ei com meu braço, eu matarei Vail."
Disse e cumpriu.
Foi esta a causa verdadeira
Da guerra pertinaz, horrível, carniceira
Que as tribos dividiu. Na Luta fratricida,
Omar, filho de Anru, perdera o alento e a vida.
Anru, que lanças mil aos rudes prélios leva,
E que, em sangue inimigo, irado, os ódios ceva,
Incansável procura, e é sempre em balde, o vil
Matador de seu filho, o traidor Mualhil.
Uma noite, na tenda, a um moço prisioneiro,
Recém-colhido em campo, o indómito guerreiro
Falou, severo, assim:
" Escravo, atende e escuta:
Aponta-me a região, o monte, o plaino, a gruta,
Em que vive o tridor Mualhil, diz a verdade;
Dá-me que o alcance vivoi, e é tua a liberdade!"
E o moço perguntou:
"É por Alá que o juras?"
"Juro" - o chefe tornou -
"Sou o homem que procuras!
Mualhil é o meu nome, eu fui que espedacei
a lança de teu filho, e aos pés o subjuguei!"
E intrépido, fitava o atónito inimigo.
Anru volveu: "És livre, Alá seja contigo!"
Gonçalves Crespo, de "Nocturnos"
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